quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sessão Curta ao Sábado exibe “Memórias Clandestinas”


Apenas um encontro familiar e as memórias de família vêm à tona


O silêncio de personagens anônimos, protagonistas de uma história brasileira recente e desconhecida é o que justificou a realização do documentário "Memórias Clandestinas" (Brasil, 2007, 52 min), atração da Sessão Curta ao Sábado de 27 de novembro, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. Após o filme haverá uma conversa dos participantes com a cineasta. A sessão é gratuita e oferece deliciosa pipoca aos participantes.

“Memórias Clandestinas” foi realizado pela professora Maria Thereza Azevedo, do Programa de Pós Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, ECCO/UFMT. Foi premiado no Rio de Janeiro pelo Festival Internacional do Cinema Feminino - Femina, como melhor documentário brasileiro em 2007. A versão exibida na Sessão Curta ao Sábado foi exibida apenas na Argentina.

As exibições da Sessão Curta ao Sábado são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência e pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT.

O filme

O documentário relata a vida da primeira mulher de Francisco Julião, Alexina Crespo, e sua atuação na organização das Ligas Camponesas – Movimento social agrário que lutou contra exploração do trabalhador rural e pela posse da terra entre 1950 e 1964. A história de Alexina passa pela organização das ligas, a guerrilha, o golpe e o exílio. Ao curar os camponeses feridos que se deslocavam até sua casa para solicitar apoio do deputado/advogado Francisco Julião para que os defendesse, Alexina Crespo indigna-se e torna-se uma das mais fortes defensoras da causa camponesa. Ajuda a organizar e a expandir as ligas, mas seu trabalho ficou no silêncio, na coxia, na clandestinidade. O documentário reúne também os relatos sobre a infância dos filhos de Alexina: Anatailde, Anatilde, Anatólio e Anacleto. Entre brincadeiras, humor, risos e aconchego, eles descrevem as lembranças da casa onde a família morou, na rua Cruz de Macedo, em Caxangá.

“Memórias Clandestinas” toma como ponto de partida a antiga casa, já destruída pelo tempo, onde os filhos de Alexina, crianças, brincaram e onde começou o contato com os camponeses. As memórias da família vêm à tona na casa do presente, onde foram reunidos os filhos, netos e bisnetos para a experiência de narrar e registrar essas memórias, num dia de domingo.

Segundo Silvio Da-rin, "trata-se de uma abordagem sensível e original das lutas camponesas no Nordeste brasileiro, no início dos anos 1960, que valoriza o papel de uma mulher quase desconhecida na trajetória do advogado e líder Francisco Julião".

Veja o Trailer do filme.

Próximas exibições

Confira a programação no blog do projeto. A Sessão Curta ao Sábado é organizada por estudantes do 5º e 7º semestres do curso de Radialismo da UFMT, sob supervisão dos professores Diego Baraldi e Moacir Francisco.

As exibições são no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Auditório está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).


Serviço

O quê: Memórias Clandestinas (Brasil, 2007, 52 min)
Direção: Maria Thereza Azevedo
Quando: Sábado (27/11), às 17:00
Onde: Auditório do Centro Cultural da UFMT
Classificação: Livre
Entrada Gratuita

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

“5 X Favela” na Sessão Curta ao Sábado

Funk carioca, arroz com feijão, pipa e, claro, tráfico e violência compõem um belo retrato das favelas brasileiras


Sete diretores (Manaíra Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Luciana Bezerra) em um único filme, atração da Sessão Curta ao Sábado de 20 de novembro, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. “Cinco Vezes Favela - Agora Por Nós Mesmos” é um longa-metragem onde estes cineastas retratam sua visão em cinco segmentos sobre a vida das pessoas que moram nas favelas. A sessão é gratuita e oferece deliciosa pipoca aos participantes.

As exibições da Sessão Curta ao Sábado são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência e pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT.

O filme

Em 1961, cinco jovens cineastas de classe média, oriundos do movimento estudantil universitário, realizavam o filme Cinco Vezes Favela. Carlos Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Marcos Farias e Miguel Borges eram aqueles jovens que tornaram o filme um marco do cinema moderno brasileiro e um dos fundadores do Cinema Novo. Passadas quatro décadas, “Cinco Vezes Favela, Agora por Nós Mesmos” reúne dessa vez jovens cineastas moradores de favelas do Rio de Janeiro, treinados e capacitados a partir de oficinas profissionalizantes de audiovisual ministradas por grandes nomes do cinema brasileiro, como Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Daniel Filho, Walter Salles, Fernando Meirelles, João Moreira Salles e muitos outros. O projeto apresenta cinco filmes de ficção, de cerca de 20 minutos cada um, sobre diferentes aspectos da vida em suas comunidades.

Temos, como no original, cinco histórias, com a diferença que desta vez os responsáveis por contá-las são os próprios moradores dos locais nas quais elas se desenrolam, daí a o subtítulo “Agora Por Nós Mesmos”: do princípio ao fim, do roteiro ao que vemos na tela, tudo foi feito por eles próprios e produzido por Cacá Diegues e Renata de Almeida, sendo resultado de oficinas de formação cinematográfica às quais os autores do filme foram “submetidos”.

O projeto tornou-se realidade através da realização de cinco filmes de ficção, de cerca de 20 minutos cada um, dirigidos por jovens cineastas moradores de favelas cariocas, sobre diferentes aspectos da vida em suas comunidades, convergindo num único filme o “Cinco Vezes Favela, Agora por nós mesmos”.

Próximas exibições

A próxima exibição do Curta ao Sábado será no dia 27 de novembro, com o filme Memórias Clandestinas (2007), de Maria Thereza Azevedo. Confira a programação no blog do projeto www.curtaosabado.blogspot.com. A Sessão Curta ao Sábado é organizada por estudantes do 5º e 7º semestres do curso de Radialismo da UFMT, sob supervisão dos professores Diego Baraldi e Moacir Francisco.

As exibições são no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Auditório está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).

5 X Favela - Síntese dos episódios
1) Fonte de Renda: Jovem realiza seu sonho de ser bem sucedido no vestibular e entrar para uma Faculdade de Direito, mas passa a encontrar dificuldades para dar conta dos gastos com livros, alimentação e transporte. Ele então se sente atraído a vender drogas para amigos da faculdade, lucrando com isso o suficiente para custear seus estudos.

2) Arroz com Feijão: Para conseguir construir um quarto para o filho único, os pais de Wesley, de 12 anos, são obrigados a reduzir o cardápio de casa a arroz com feijão. No dia do aniversário do pai, o menino se junta ao amigo Orelha e sai, sem muito sucesso, em busca de recursos para comprar um frango de presente para ele.

3) Concerto para Violino: Ainda crianças, Márcia, Jota e Ademir fazem um juramento de amizade eterna. Agora adultos, com cerca de 20 anos de idade, Jota foi para o tráfico de drogas e Ademir entrou para a polícia. O enfrentamento entre os dois pode impedir que Márcia, agora violinista, realize seu sonho de uma bolsa de estudos musicais na Europa.

4) Deixa Voar: Flavio, 17 anos, é morador de uma favela carioca. Ele deixa a pipa de um amigo “voar” e agora tem que ir buscá-la na favela de uma facção rival à que ele mora, onde a pipa caiu. Mesmo com medo da aventura, ele vai buscar a pipa, descobrindo que as pessoas da favela rival em nada diferem das de onde ele mora.

5) Acende Luz: É véspera de Natal e o morro está sem luz há três dias. Os técnicos enviados pela companhia de luz não conseguem resolver o problema, os moradores seqüestram um funcionário dela e o fazem de refém, até que a luz volte. O funcionário se integra à comunidade e acaba se tornando o herói dela na noite de Natal.


Serviço

O quê: Cinco Vezes Favela - Agora Por Nós Mesmos (Brasil, 2010)
Direção: Manaíra Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Luciana Bezerra
Quando: Sábado (20/11), às 17:00.
Onde: Auditório do Centro Cultural da UFMT
Entrada Gratuita


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cancelamento

A exibição do filme deste sábado, "Doutores da Alegria", foi cancelada devido à realização do Enem no Campus da UFMT/Cuiabá. Pedimos desculpas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Programação Curta ao Sábado


06/11 - Filme cancelado.

20/11 - Cinco Vezes Favela, Agora por nós mesmos (2010). Documentário, 96', direção Cacau Amaral e Cadu Barcelos.

27/11 - Memórias Clandestinas (2007). Documentário, 55', direção Maria Thereza Azevedo.

01/12 - Abertura 9a. Mostra Nacional de Vídeo Universitário

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lembrete

O documentário “Doutores da Alegria”, que seria exibido dia 31 de outubro foi cancelado devido ao Segundo Turno das Eleições presidenciais. Confira a programação completa no blog do projeto .

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Premiado “Linha de Passe” é exibido na Sessão Curta ao Sábado


Futebol, religião e improvisação são os três esportes tipicamente brasileiros escolhidos por Salles para filmar Linha de Passe


O futebol é parte importante da trama, mas não é só por isso que o novo filme de Walter Salles e Daniela Thomas se chama “Linha de Passe”. A experiência de contar quatro, cinco histórias ao mesmo tempo se assemelha ao famoso "um-dois" dos meio-campistas. O que se vê na tela é uma verdadeira triangulação de personagens. Ainda inédito em Cuiabá, “Linha de Passe” (2008) é atração da Sessão Curta ao Sábado deste 23 de outubro, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. A sessão é gratuita e oferece deliciosa pipoca aos participantes.

As exibições da Sessão Curta ao Sábado são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT e pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT.

O filme

São Paulo. 22 milhões de habitantes. 200 quilômetros de engarrafamentos. 300 mil motoboys. No coração da cidade em transe, quatro irmãos tentam se reinventar. Reginaldo (Kaike Jesus Santos) - o mais novo e único negro na família - procura seu pai obsessivamente; Dário (Vinícius de Oliveira) sonha com uma carreira de jogador de futebol, mas, aos dezoito anos, se vê cada vez mais distante dela; Dinho se refugia na religião e o mais velho, Dênis (João Baldasserini), pai involuntário de um menino, tem dificuldade em se manter. Sua mãe, Cleuza (Sandra Corveloni), empregada doméstica que criou sozinha os quatro filhos, está grávida novamente de mais um pai desconhecido. O futebol e as transformações religiosas pelas quais passa o Brasil, o exército de reserva de trabalhadores que alimenta a cidade, a questão da identidade e da ausência do pai estão no coração das histórias de “Linha de Passe”.

O filme marca o reencontro cinematográfico de Walter Salles com o ator Vinícius de Oliveira, mundialmente conhecido após interpretar o menino que cruza o Brasil em busca do pai ao lado de Fernanda Montenegro em “Central do Brasil”. “Linha de Passe” foi aplaudido em pé por mais de nove minutos no Festival de Cannes de 2008. A atriz Sandra Corveloni recebeu a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival.

Saiba mais aqui, aqui, aqui e aqui. Veja o Trailer.

Próximas exibições

O documentário “Doutores da Alegria”, que seria exibido dia 31 de outubro foi cancelado devido ao Segundo Turno das Eleições presidenciais. Confira a programação completa no blog do projeto.

A Sessão Curta ao Sábado é organizada por estudantes do 5º e 7º semestres do curso de Radialismo da UFMT, sob supervisão dos professores Diego Baraldi e Moacir Francisco. As exibições são no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Auditório está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"O Aborto dos Outros" é atração na Sessão Curta ao Sábado

Dafne Spolti/Cineclube Coxiponés

Neste momento em que as discussões sobre a descriminalização do aborto incendeiam os debates da sucessão presidencial, é oportuno conferir "O Aborto dos Outros", filme da cineasta Carla Gallo, atração da Sessão Curta ao Sábado e do Circuito “Trabalho na Tela” neste fim de semana, 16 de outubro, às 17h, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. Após a exibição do filme será realizado debate com pessoas ligadas à luta pelos direitos das mulheres e representantes de instituições de saúde em Mato Grosso.

O documentário apresenta depoimentos de mulheres de diferentes idades e realidades que fizeram ou estão em processo de aborto. A questão é posta de forma sensível, sem apontar o certo ou o errado, mas sim a necessidade de uma revisão da legislação.

O aborto não é legalizado no Brasil. De acordo com o código penal de 1940, se uma mulher faz aborto, é criminosa, a não ser nos casos em que a gestação é resultado de estupro; quando a mulher corre risco de morte; ou, dependendo do caso, se há má formação grave do feto.

Apesar da não legalidade, uma em quatro gestantes realizam aborto, totalizando cerca de um milhão por ano. Conforme informações publicadas na página da internet de "O Aborto dos Outros", “uma mulher que decide interromper sua gestação irá fazê-lo, na condição que lhe couber, com ou sem atendimento adequado”. A maioria, portanto, o faz de forma clandestina e passa por complicações pós-cirurgia. Muitas morrem.

O filme “O aborto dos outros” tem 72 minutos, intensos e emocionantes. Carla Galla (diretora e roteirista) e a equipe filmaram mulheres em quatro hospitais públicos que possuem atendimento para os casos de aborto previstos em lei – Hospital Pérola Byington, Unifesp, Unicamp, e Hospital Jabaquara – e conversaram também com mulheres e profissionais de diferentes locais em São Paulo e Rio de Janeiro.

Sobre a sessão

As exibições da Sessão “Curta ao Sábado” são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT e pela Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Vivência da Universidade Federal de Mato Grosso.

A sessão é gratuita e oferece pipoca aos participantes. Antes do filme exibido é possível conferir um vídeo de apresentação realizado pelos estudantes do 5º semestre do Curso de Comunicação Social da UFMT.

Junto às Sessões “Curta ao Sábado” são realizadas também as exibições de filmes do Circuito Trabalho na Tela, uma das frentes de ação do projeto “Vidas Paralelas” (PVP), do Ministério da Cultura, Ministério da Saúde, Universidade de Brasília e da Rede Continental em Saúde do Trabalhador.

Mais informações: (65) 3615-8377 / www.oabortodosoutros.com.br / www.curtaosabado.blogspot.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lançamento Nacional

"Terra Deu, Terra Come" na Sessão Curta ao Sábado

Documentário, memória e ficção se misturam para tecer uma história fantástica que retrata o sertão mineiro


O que restou de um quilombo em Minas Gerais é o ambiente escolhido pelo jovem diretor Rodrigo Siqueira para rodar "Terra Deu, Terra Come”, atração da Sessão Curta ao Sábado de 09 de outubro, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. O filme é inédito e está sendo lançado nacionalmente em vários cineclubes durante este mês. A sessão é gratuita e oferece deliciosa pipoca aos participantes.

Premiado no 15º Festival Internacional de Documentários “É Tudo Verdade”, “Terra deu, Terra come” acompanha o garimpeiro Pedro de Almeida, que comanda um cortejo fúnebre carregado de misticismo. O filme mostra a trajetória da cidade grande para o sertão, em busca do sal da terra. Tudo ocorre como uma elaborada encenação, na qual o cineasta se intromete como personagem.

As exibições da Sessão Curta ao Sábado são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT.

O filme

Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos de idade, comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, que morreu com 120 anos. O ritual sucede-se no quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. Com uma canequinha esmaltada, ele joga as últimas gotas de cachaça sobre o cadáver já assentado na cova.

Dessa maneira acaba o sepultamento de João Batista, após 17 horas de velório, choro, riso, farra, reza, silêncios, tristeza. No cortejo, muita cantoria com os versos dos vissungos, tradição herdada da áfrica. Descendente de escravos que trabalhavam na extração de diamantes, nas Minas Gerais do tempo do Brasil Império, Pedro é um dos últimos conhecedores dos vissungos, as cantigas em dialeto banguela cantadas durante os rituais fúnebres da região, que eram muito comuns nos séculos 18 e 19. Garimpeiro de muita sorte, Pedro já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina. Mas, o primeiro diamante que encontrou, há 70 anos, o tio com quem trabalhava o enterrou e morreu sem dizer onde. Depois disso, vive sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. “É um diamante e tanto, você precisa ver que botão de mágoa.”

A atuação de Pedro e seus familiares frente à câmera nos provoca pela sua dramaturgia espontânea, uma auto-mise-en-scène instigante. No filme, não se sabe o que é fato e o que é representação, o que é verdade e o que é um conto, documentário ou ficção, o que é cinema e o que é vida, o que é africano e o que é mineiro, brasileiro.

Prêmios:
- Melhor Filme Brasileiro - 15º Festival "É Tudo Verdade" - 2010
- Melhor Filme "Mostra Panorâmica" - 38º Festival de Cinema de Gramado - 2010


Circuito Cineclubista

O filme “Terra Deu Terra Come” entrou em circuito comercial e cineclubista ao mesmo tempo, em lançamento nacional graças a uma parceria estabelecida entre o Ministério da Cultura e a produtora 7Estrelo. Ao mesmo tempo em que o filme estreia na Sala 1 do Espaço Unibanco de Cinema, em São Paulo, ele também será exibido nos 821 Cines Mais Cultura espalhados por todo o país. Nesta parceria inédita, a produtora enviou uma cópia em DVD de “Terra Deu, Terra Come” para cada unidade do Cine Mais Cultura, além de cartazes para divulgação e postais. As sessões no circuito cineclubista são gratuitas.

Próximas exibições

No mês de outubro, a Sessão Curta ao Sábado retoma as exibições semanais em parceria com o Circuito Trabalho na Tela. No dia 16/10 será exibido o documentário “O aborto dos outros”, de Carla Gallo. Confira a programação completa no blog do projeto.

A Sessão Curta ao Sábado é organizada por estudantes do 5º e 7º semestres do curso de Radialismo da UFMT, sob supervisão dos professores Diego Baraldi e Moacir Francisco. As exibições são no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Auditório está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).

Serviço

O quê: Terra Deu, Terra Come (2010, Brasil, 88 min.)
Direção: Rodrigo Siqueira
Quando: Sábado (09/10), às 17:00.
Onde: Auditório do Centro Cultural da UFMT
Classificação: 14 anos
Entrada Gratuita

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sessão Curta ao Sábado - Programação de Outubro/2010

09/10 – Terra deu, terra come (2010). Documentário, 88', direção de Rodrigo Siqueira.

16/10 – O aborto dos outros (2008). Documentário, 72’, direção de Carla Gallo.

23/10 – Linha de Passe (2008). Drama, 108’, direção de Walter Salles e Daniela Thomas.

Local: Auditório do Centro Cultural da UFMT - Rua 1 (Avenida Alziro Zarur), s/nº, ao lado da Caixa Econômica, Bairro Boa Esperança.
Horário: 17h

Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).

Atenção: No dia 30/10 não haverá sessão por conta do segundo turno nas eleições 2010.

Premiado “É Proibido Fumar” é atração da Sessão Curta ao Sábado

Interpretações e trilha sonora são destaque em filme brasileiro



Uma virada que tempera com tons sombrios um roteiro romântico e cheio de ironia vai pegar de surpresa o público de “É Proibido Fumar”, segundo longa-metragem de Anna Muylaert, atração da Sessão Curta ao Sábado de 25 de setembro, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. A sessão é gratuita e oferece deliciosa pipoca aos participantes.

A exibição integra a programação cultural dos 40 anos da Universidade Federal de Mato Grosso. “A ideia é estimular o público a vivenciar os espaços da Universidade, oferecendo uma programação que desperte o interesse pelo cinema brasileiro”, informa Fabrício Carvalho, pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, que enfatiza a importância do projeto em relação à formação de platéias para o cinema em Mato Grosso.

As exibições da Sessão Curta ao Sábado são realizadas a partir do Acervo do Cineclube Coxiponés e do Catálogo Programadora Brasil, projeto da Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual (CTAV). A ação conta com a chancela do Programa Cine Mais Cultura/Minc e é apoiada pela Adufmat – Associação dos Docentes da UFMT.

O filme

Em “É Proibido Fumar” Baby (Glória Pires) está perto de fazer 40 anos, vive só no apartamento que herdou da mãe, dando aulas de violão para alunos desinteressados, disputando com as irmãs cacarecos de família, e fumando um cigarro atrás do outro. Quando Max (Paulo Miklos), músico que vive de tocar sambão em uma churrascaria, se muda para o apartamento vizinho, ela lembra que a vida pode ser mais interessante. Por amor, enfrentará uma luta desesperada contra o cigarro, sem saber que uma ameaça muito maior à sua felicidade a espera na esquina.

A química do casal formado por Glória Pires e Paulo Miklos, o humor inteligente e uma trilha sonora que vai de Villa Lobos a samba rock se somam no novo filme da diretora Ana Muylaert (Durval Discos, premiado sete vezes em Gramado). Colecionador de prêmios desde seu lançamento, em 2009, “É Proibido Fumar” recebeu 7 troféus Candangos no 42º Festival de Cinema de Brasília, além de 5 troféus Grande Othelo no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Em É Proibido Fumar, Muylaert volta a exercitar o sentido para a crônica e a comédia irônica, assim como a capacidade de surpreender o público com acontecimentos que mudam o rumo dos personagens e alteram o tom do filme. "A história vai indo dentro de um cotidiano e, de repente, tudo ganha um contorno mais sombrio", conta Glória Pires. "Essa reviravolta inesperada corta o clima leve da trajetória não só da Baby, mas do filme todo."

Com personagens totalmente desglamourizados, mas ainda assim cativantes, o filme fala de amor e solidão na cidade. "Tinha muita vontade de falar da dificuldade das relações, de como superar, quebrar, furar as paredes da relação", aponta Anna Muylaert, diretora do filme. "Acho que por isso, também, a metáfora do prédio; os apartamentos como corpos, separados por paredes."

"Acho que o filme trata das grandes dificuldades da vida moderna", diz Glória Pires. "Às vezes, quanto mais perto das pessoas a gente está, mais difícil fica o contato. É a vida na metrópole, onde os espaços são delimitados, e os sentimentos têm que caber em determinadas situações".

Próximas exibições

No mês de outubro, a Sessão Curta ao Sábado retoma as exibições semanais em parceria com o Circuito Trabalho na Tela. Confira a programação no blog do projeto http://www.curtaosabado.blogspot.com/. A Sessão Curta ao Sábado é organizada por estudantes do 5º e 7º semestres do curso de Radialismo da UFMT, sob supervisão dos professores Diego Baraldi e Moacir Francisco.

As exibições são no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Auditório está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8377 (Cineclube Coxiponés/UFMT).


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sessão Curta ao Sábado apresenta “Palavra (En)cantada” e “Clandestina Felicidade”

Por Dafne Spolti
Bolsista do Cineclube Coxiponés-UFMT

O Cineclube Coxiponés exibe neste sábado (28) o filme “Palavra (En)cantada” (2008), de Helena Solberg, vencedor do prêmio de melhor direção de longa-metragem documentário pelo Festival do Rio. Será a primeira exibição do filme em Cuiabá. Antes dele, o curta “Clandestina Felicidade” (1998), de Beto Normal e Marcelo Gomes, cria a aura artística que abre a primeira sessão “Curta ao Sábado” deste semestre. A exibição será realizada às 17h, no Auditório do Centro Cultural da UFMT.

“Palavra (En)cantada” traz uma reflexão sobre música e poesia. Segue numa costura bem feita com depoimentos de especialistas e artistas. Alguns deles (poetas? Músicos?) fazem declamações, tocam e cantam. Não há necessidade de adjetivos ou rótulos. São artistas. Ponto. Chico Buarque, Adriana Calcanhoto, Tom Zé, Ferréz, José Celso Martinez Corrêa, Maria Bethânia, Antonio Cícero, Arnaldo Antunes, Lirinha, BNegão, Black Alien, Jorge Mautner, Lenine, Luiz Tatit, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Zélia Duncan.

Além de unir esse pessoal das artes (e não podemos esquecer que são artistas também os realizadores do doc) o filme traz imagens de arquivos raros e trechos de shows. “As pessoas precisam saber que esse filme é muito bom e será exibido em Cuiabá. Tem que sair de casa para ir assistir”, enfatiza o professor de Comunicação Social da UFMT, Diego Baraldi, curador da sessão que é realizada pelo Coxiponés e pelos estudantes do 5° e 6° semestres de Radialismo, responsáveis pela abertura das sessões feitas através de um programa audiovisual.

Clandestina Felicidade
O curta-metragem pernambucano, “Clandestina Felicidade”, inspirado no conto de Clarice Lispector, nos leva junto com a menina que queria ler, pegar, sentir o livro “As reinações de narizinho”, de Monteiro Lobato. O filme foi construído de maneira criativa. Gravado em preto e branco, é composto por alguns elementos de outras histórias da autora e conta ainda com uma fotografia não convencional, de Jane Malaquias.
Curta ao Sábado
A sessão "Curta ao Sábado" exibe filmes brasileiros do acervo do Cineclube Coxiponés e do catálogo da Programadora Brasil, viabilizado pela Secretaria de Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico Audiovisual CTAV . Em Cuiabá, o projeto também tem o apoio do Cine Mais Cultura, através da parceria firmada com a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat).

Mais informações:
(65) 3615-8377

Endereço-UFMT:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367, bairro Boa Esperança

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Exibição de “Freud Além da Alma”, no Centro Cultural da UFMT


Filme narra a trajetória de Freud no desenvolvimento das teorias psicanalíticas

Por Dafne Spolti
Bolsista do Cineclube Coxiponés/UFMT

O Núcleo de Psicanálise e Cinema da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresenta nessa terça-feira (29) o filme “Freud Além da Alma” (1962), às 18h30, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Após a sessão (gratuita e aberta) será realizado um debate.

O Filme, dirigido pelo norte-americano John Huston, mostra o caminho feito por Freud desde a graduação em medicina, até a criação da psicanálise. Segundo Adriana Rangel, coordenadora do Núcleo, psicanalista e professora do Departamento de Psicologia e de Comunicação Social da UFMT, o filme conta os casos clínicos e mostra também os dilemas éticos de Freud na construção dos tratamentos. Ela enfatiza ainda que “é um bom filme não só por contar a história da psicanálise, mas porque os atores e o diretor são bons. O filme tem sensibilidade, é comovente”, conclui Adriana.

Formado pelos Departamentos de Comunicação Social e Psicologia da UFMT, o Núcleo de Psicanálise e Cinema faz as exibições de filme desde 2009, na última terça-feira de cada mês. Além de Adriana Rangel, também participam do Núcleo os professores Aclyse de Mattos (Comunicação Social), Luiz Alvez da Costa e Renata Costa (Psicologia).

Em todas as sessões do “Núcleo de Psicanálise e Cinema” são realizados debates. “A platéia sempre participa”, explica Adriana Rangel. Na sessão dessa terça-feira, o debate será mediado por Regina Mara. Doutora, professora do curso de Psicologia da UFMT, e psicanalista formada pela Associação Internacional Psicanalítica (IPA).

Para mais informações, acesse: www.nucleodepsicanaliseecinema.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estréia o curta-metragem “Fita Amarela”

Estudantes do Núcleo Lado B exibem o curta no Cineclube Coxiponés

Por Dafne Spolti*

Fotografia: Cícero Lima**

O curta-metragem “Fita Amarela”, produzido pelo Núcleo Lado B, com direção de Madiano Marcheti, será exibido amanhã (19), no Cineclube Coxiponés, às 17h. O filme pretende trazer reflexões sobre velhice, lembranças, loucuras e liberdade.

“Fita Amarela” tem uma narrativa não linear. Músicas de carnaval, barulhos da cidade, cores fortes, escuridão e estouros de luz levam quem vê o filme a expectativas e diversas interpretações sobre a história.

O diretor Madiano Marcheti explica que esse tipo de narrativa “é uma forma de nos acostumarmos com um outro tipo de cinema, que não seja o formato ‘padrão’”. Para ele, “Fita Amarela” pode provocar várias reflexões. “E é esse nosso objetivo”, conclui.

Michael Haneke, diretor francês, foi um dos principais cineastas a influenciar o formato narrativo do filme. Os cinéfilos poderão perceber o cinema de Haneke em algumas cenas e sequencias do curta. Segundo Marcheti, que assistiu a muitos filmes do diretor recentemente, o estilo da narrativa de Haneke abriu inclusive novas possibilidades de final para o curta. “Até a metade do projeto o filme tinha um final e depois decidimos fazer de uma outra forma”.

O Núcleo Lado B é formado principalmente por estudantes dos cursos de Radialismo, Publicidade e Propaganda e Jornalismo que buscam, assim como outros grupos, fomentar, fortalecer o audiovisual em Cuiabá e Mato Grosso.

A exibição do curta-metragem será gratuita e aberta à sociedade. O Cineclube Coxiponés fica no Centro Cultural da UFMT.

Mais informações: 3615-8377

*Estudante de Jornalismo da UFMT, bolsista do Cineclube Coxiponés e membro do "Núcleo Lado B".

**Cícero Lima é fotógrafo e membro do "Núcleo Lado B".

Ficha Técnica de "Fita Amarela"
Duração: 13’ 24’’
Gênero: Drama
Direção: Madiano Marcheti
Elenco: Lê Gatass / Helena Werneck dos Santos / Luana Costa
Assistente de Direção: Priscila Kerche
Direção de Produção: Helena Gentile
Produção: Mariana Freitas / Helena Gentile / Luiza Raquel / Sofia Louzada / Rodrigo Rachid
Fotografia: Dafne Spolti / Cícero Lima
Arte: Laís Costa
Som Direto: Felippy Damian / Pedro Brites / Dafne Spolti / Priscila Kerche
Continuidade: Laís Costa/ Priscila Kerche
Edição e mixagem: Madiano Marcheti
Finalização: Madiano Marcheti / Dafne Spolti
Motorista: Mariana Freitas

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Centro Acadêmico de Comunicação Social exibe “Cidade dos Sonhos”

O Centro Acadêmico de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (Cacos-UFMT) exibe hoje (17), às 18h30, o filme “Cidade dos Sonhos”, de David Lynch, no Cineclube Coxiponés.

Em “Cidade dos Sonhos”, Rita (Laura Harring) consegue se salvar de um acidente de trânsito em Los Angeles, mas perde a memória. Betty (Naomi Watts), aspirante a atriz recém-chegada na cidade, fica amiga de Rita e tenta descobrir sua identidade. Enquanto isso, Adam Kesher (Justin Theroux) é espancado pelo amante da esposa e depois roubado pelos irmãos Castigliane.

O Cineclube Coxiponés fica próximo ao Centro Cultural da UFMT. A exibição do filme é gratuita.

Mais informações: 3615-8377

Fonte: www.makingoff.org

Imagem disponível em: www.crimideia.com.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Festivais de Cinema com inscrições abertas

Confira a lista dos principais festivais de cinema com inscrições abertas e participe!

Acesse o portal do Centro Técnico Audiovisual, da Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura.

É sempre bom lembrar…

Por Keka Werneck*

Recentemente vi o filme “Invictus” (2009), dirigido por Clint Eastwood, em que Morgan Freeman, incorpora Nelson Mandela com perfeição. Belo filme!

“Invictus” mostra o apartheid sul-africano, que, para quem ainda não sabe, trata-se do regime de segregação racial adotado legalmente em 1948 pelo agora país da Copa do Mundo 2010.

Portanto, entre um jogo da Copa e outro, assista o filme, que traz informações muito importantes, mesmo nessa hora de torcida.

O apartheid manda que os brancos fiquem de um lado, com as regalias das elites, no caso da África do Sul a inglesa; e os negros de outro, marginalizados, entregues à sorte. Esse regime foi abolido, formalmente, em 1990, com a convocação de eleições presidenciais. Mandela, após 27 anos de prisão política, assume a presidência.

Por que o filme "Invictus" é uma boa sugestão em época de Copa?

A dicotomia - que desconstrói a idéia de humanidade em favor da teoria das raças, sendo então possível uma raça ser melhor do que outra – é posta no filme, justamente, por meio do rúgbi e do futebol, sendo o primeiro o jogo dos brancos e o segundo, dos negros.

Quando Mandela assumiu a presidência da África do Sul, a segregação se fazia presente em tudo. Era uma nação dividida e rachada, como se os desiguais não se completassem, como se o yn-yang não fizesse sentido, como se a noite não precisasse da manhã e da tarde para fechar a roldana do dia e como se todos nós não precisássemos uns dos outros nessa grande aldeia global.

Mas Mandela era um obstinado contra o apartheid. Ele reconheceu no coração pulsante dos esportes um caminho para a igualdade e a unidade e entrou neste universo avesso a ele, o rúgbi, sem medo, entendendo que tudo é política, absolutamente tudo.

Ao invés de minar o rúgbi e alçar o futebol ao posto de esporte oficial, investiu nos dois e inspirou o capitão do time de rúgbi, branco, para que conduzisse uma equipe capaz de emocionar não apenas os brancos, mas todos e todas daquele país tão longe, tão perto de nós. Mandiba, como também é chamado com respeito, com isso, juntava sua nação.

Através do filme "Invictus" e de uma cobertura jornalística mais ampla da Copa, fora do campo, é possível refletirmos, agora, sobre tantas coisas! A África como continente-mãe...Mama-África. Nossa origem! Ossadas do primeiro hominídeo foram encontradas na África. A primeira Universidade registrada no mundo ocorreu na África do conhecimento e da sabedoria. Poucos sabem disso. Uma curiosa notícia para quem costuma associar o continente somente com AIDS e miséria. Podemos também pensar sobre a discriminação, inclusive no futebol brasileiro, onde negros foram impedidos de entrar, até que o Vasco da Gama quebrou a regra racista e, com os atletas “de cor” – como era dito à época – conquistou o título carioca de 1923 e, em seguida, o bi, em 1924. É bom pensar também sobre o próprio apartheid, que não acabou totalmente de fato, e a segregação persiste, apesar de Mandela, que, aos 91 anos, resiste na luta da vida. É sempre bom lembrar sobretudo do nosso racismo velado também...

Lembrar que os negros e negras da África, quando foram trazidos para o Brasil, como se fossem bichos, perderam tudo e, o pior, foram forçados a “queimar” a própria identidade, com famílias separadas e os nomes trocados. É por isso que temos tantos José da Silva, Maria Pereira, Roberto de Souza (nomes inventados) e nenhum (ou raríssimos) João Magudulena, Moacir Zama, Paulo Kalyan, Patrícia Phala, Vera Makeba, Ana Mbasogo...Esses sobrenomes, por hora estranhos, seriam bem comuns para nós, brasileiros, se não fosse a estupidez da escravidão e do racismo.

Keka Werneck é jornalista em Cuiabá.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Assista vídeos no "Porta Curtas"

O "Porta Curtas Petrobras" tem um acervo de 650 curtas-metragens nacionais de variados temas e categorias.

Para assistir aos vídeos acesse www.portacurtas.com.br.

Entrevista com Felippy Damian - Roterista de "Colapso Narciso"



Felippy Damian (19),
estudante de Publicidade e Propaganda da UFMT
e roteirista do vídeo “Colapso Narciso”,
realizado pelo Núcleo Céllula,
fala sobre a gravação e os conceitos
presentes no curta-metragem.

Por Dafne Spolti*

Como surgiu a idéia de fazer o roteiro do “Colapso Narciso”?

O Maurício Falchetti, diretor do filme, me procurou e falou ‘Cara, escreve uma história’. Disso tive algumas idéias de conceitos que tenho, de observar as coisas mesmo...

Esse vídeo fala de vaidade? Qual é o conceito que vocês trabalham em Colapso Narciso?

Então. A gente trabalha bastante isso da vaidade. É um conceito que norteia bastante meus pensamentos, muito por observar as pessoas com quem convivo, a sociedade de uma maneira geral, até economicamente, socialmente. Mas é também por me analisar. Eu me considero um cara vaidoso. Quando era pequeno, eu tinha uma nóia. Eu achava que o mundo era uma conspiração e que todas as pessoas existiam em função de mim. Se eu passasse, por exemplo, numa obra, assim que eu virasse as costas as pessoas parariam de trabalhar e tal. Era uma coisa de criança mesmo, mas que eu sempre vi na minha vida. Achar que tudo gira em torno do meu próprio umbigo.

Você sempre imaginou o Falchetti como diretor?

Desde o começo a gente já tinha a idéia de o Falchetti dirigir e eu fazer o roteiro. Ele e outras pessoas tiveram importantes participações no roteiro e para a direção até chegamos a cogitar uma parceria, mas combinamos que ele faria a direção, até para fazer um mix das duas visões, dessa dualidade roteirista-diretor. É muito interessante porque a obra tinha a minha visão e agora a obra tem a visão dele. A gente tem bastante divergências quanto ao olhar para o cinema. Digamos que ele curte mais uma coisa “blockbuster” e eu mais uma coisa alternativa...

No final das contas, no processo de gravação, vocês conversaram muito para chegar num consenso sobre as idéias ou vocês realmente fizeram cada um o seu papel de diretor e roteirista?

Bom, esse é um tema que foi difícil pra mim. O roteiro é meu, basicamente, mas outras pessoas ajudaram bastante. Durante a gravação eu fui continuista e assistente geral. A gente sempre dava alguns pitacos, mas a direção foi basicamente dele, ele tinha autonomia para fazer. Tanto que se a direção fosse minha, muitas coisas seriam diferentes. Não sei se melhores ou piores, mas diferentes.

As pessoas ficam um pouco confusas com a história. Isso era o objetivo de vocês?

Não sei se deixar confuso seria o certo, mas fazer com que as pessoas pensassem. A gente não queria dar nada digerido pras pessoas. Talvez perturbação seja a palavra. Pra que as pessoas colocassem uns pontos de interrogação, pra que esses pontos incomodassem as pessoas, para que elas realmente refletissem sobre isso... De alguma forma colocá-las diante do espelho, né?

O “Colapso Narciso” tem uma cena que aparece sangue, uma forte. Você colocou isso no roteiro ou isso surgiu na hora?

Eu tenho uma aproximação muito grande com o bizarro. Eu gosto do impressionismo que o bizarro traz. Um diretor que eu curto muito é o David Linch, e ele soube usar muito bem isso nos filmes dele e tal. Mas a questão do sangue, da cena forte, é mais de caráter impressionista, pra chocar mesmo e tal. Mas a quantia de sangue, a maquiagem, já vem do diretor, que ele gosta bastante dos efeitos. Então é um misto. Mas é do roteiro a questão da morte. A leitura foi feita pelo diretor.

A equipe trabalhou com afinação ou teve muitas divergências

Falar que não teve discussões é mentira, mas a gente pode dizer que houver uma harmonia bem legal, sim. Foi bem legal porque não teve o lance de ego. Os atores são super tranqüilos. Eu também podia ter esse conflito de vaidades com o diretor, mas isso não rolou porque foi o primeiro roteiro que escrevi e a forma de eu escrever roteiro é muito influenciada pelo Maurício Falchetti. As técnicas que uso aprendi com ele. Então sempre existiu aquilo de saber que é uma primeira coisa que a gente está fazendo e que outras pessoas tem mais experiência. Enfim, deu tudo certo.

Como foram escolhidos os atores?

Quando viajamos para São Paulo para participar de uma feira de tecnologias, o Chicó começou a fazer umas imitações, umas palhaçadas. Aí convidamos ele para o filme. Quanto ao Caio Mattoso, uma sugestão da Caju, foi uma atuação que eu gostei bastante também. Corresponderam bem as atuações.

Aquela cena que os personagens correm à noite, imagino que tenha sido difícil fazer...

Foi difícil, eles tiveram que correr bastante. Chegou uma hora que ficaram muito exaustos e também tinha o perigo de eles se machucarem de verdade. Eles não estavam acostumados, não são atletas, né (risos). Mas estavam bem dispostos, não rolou cachê pra ninguém, então foi mais o propósito mesmo de fomentar o audiovisual...

O que vocês conseguiram de patrocínio e equipamentos?

Conseguimos um pouco de dinheiro com as vendas das camisetas, durante a viagem para São Paulo. Mas grana mesmo a gente não conseguiu. Conseguimos lugares para comer. Comemos bem pra caramba. Foi no Serra, no Gato Mia e Choppão. Então tipo, a gente comeu bem, né?! E também a gente conseguiu dois fresnéis, lá na Monkey. Aí a gente usoumarmitas e tripés aqui da UFMT mesmo. Mas conseguimos pouca coisa aqui da universidade...
Você gostou do resultado do vídeo?

Gostei, gostei bastante! Bem satisfatório.

Vocês irão gravar outro vídeo? Quais são os planos?

O coletivo, que é o Núcleo Céllula vai continuar. A gente tem ótimas expectativas pra ele. Estamos parados, mas queremos produzir no mês que vem, ainda, um vídeo bem diferente mesmo. A gente não quer uma estética como a do “Colapso Narciso”, queremos uma estética mais underground. E nesse filme estarei dirigindo. Não sei como vou fazer isso, estou bem ansioso para saber como lidar com isso. Mas a estética é muito da proposta de trabalhar com o bizarro, com uma dose muito forte. Vamos abordar temas sociais, econômicos. É um filme que não considero tão denso qanto o “Colapso Narciso” mas é bem carregado. Mais uma vez vai trabalhar o lance da vaidade, mas dessa vez como um segundo plano.

*Estudante de jornalismo e bolsista do Cineclube Coxiponés - UFMT

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sessão Curta ao Sábado se rende ao romantismo e apresenta filmes de amor no Dia dos Namorados



Conflitos e costumes amorosos, envoltos em humor e romantismo é o que trazem os filmes da “Sessão Curta ao Sábado” do próximo sábado (12/06), às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT. Em homenagem ao Dia dos Namorados, a sessão apresentará dois filmes da Programadora Brasil. “Amores” é uma crônica dos conflitos familiares e mudanças de comportamento da classe média urbana carioca nos anos 90. “Amar...” apresenta a temática dos encontros e desencontros amorosos, inspirado no universo poético de Carlos Drummond de Andrade. Entrada e pipoca grátis!


Sobre os filmes
“Amar”, de Carlos Gregório (RJ, 1997, 23 min) - O filme apresenta uma visão bem-humorada sobre um assunto bastante conhecido por muitas pessoas: o amor não-correspondido. Inspirado na “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade, que já virou música de Chico Buarque, Karnac e até da banda mato-grossense Strauss.

“Amores”, de Domingos Oliveira (RJ, 1998, 95 min) - Em “Amores” são seis personagens: Vieira (Domingos Oliveira) que é pai de Cíntia (Maria Mariana) que acabará tendo um caso com Pedro (Ricardo Kosovski) que é casado com Telma (Priscilla Rozenbaum) que é irmã de Luíza (Clarice Niskier) que se apaixona por Rafael (Vicente Barcellos). O filme recebeu os prêmios de júri, crítica e júri popular no 26º Festival de Gramado (1998) e é uma adaptação do texto dramatúrgico de Domingos Oliveira, que já havia recebido o prêmio Shell de 1997, como melhor texto do ano.

O carioca Domingos Oliveira (nascido em 1936) dirigiu mais de dez longas-metragens (“Amores” é o sétimo), escreveu 20 peças de teatro e dirigiu 41. Na televisão dirigiu um total de 50 horas de especiais (criou a série “Ciranda Cirandinha” e “Aplauso”, entre outras). Apesar do currículo farto, em três meios diferentes, seu nome permanece indissoluvelmente ligado a “Todas as Mulheres do Mundo”, sua estréia como cineasta, em 1966, um filme extraordinário, dos melhores de toda a história do cinema brasileiro, obra personalíssima, uma declaração de amor ao cinema, ao amor e a Leila Diniz.

Sobre a Sessão Curta ao Sábado

A “Sessão Curta ao Sábado” realiza a difusão de filmes brasileiros do acervo do Cineclube Coxiponés/UFMT e do Catálogo “Programadora Brasil” (viabilizado pela Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual - CTAV). No ano de 2009, o projeto exibiu apenas curtas-metragens. Em 2010, as exibições foram ampliadas para médias e longas-metragens.

O projeto é organizado pelos alunos do 5º, 6º e 7º semestres do curso de Comunicação Social - habilitação Radialismo - da Universidade Federal de Mato Grosso, sob supervisão dos professores Moacir Francisco de Sant’Ana Barros e Diego Baraldi. Os alunos contribuem criativamente no desenvolvimento de materiais gráficos e audiovisuais para as atividades programadas, além de monitorarem a produção das sessões. Todo sábado, um vídeo de abertura antecede os filmes exibidos, com o intuito de fornecer informações básicas sobre os filmes assistidos. O vídeo desta sessão é apresentado pelo aluno Eduardo Mendes Jr.

A “Sessão Curta ao Sábado” faz parte do Programa Unidade, desenvolvido pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), com a finalidade de dar ênfase às expressões culturais que envolvam a comunidade universitária e a sociedade cuiabana, em atividades realizadas no campus da UFMT. A Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT) é uma das parceiras do projeto. As exibições são gratuitas e acontecem no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com ambiente climatizado. O Centro Cultural está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), bairro Boa Esperança.

Solicite a programação no e-mail curtaosabado@gmail.com

Visite o blog do projeto: http://www.curtaosabado.blogspot.com/

Siga-nos: twitter.com/CurtAoSabado

quarta-feira, 5 de maio de 2010

“Ensaios” de Dyolen Vieira é exibido na Sessão Curta ao Sábado


Sessão apresenta filmes que abordam universo feminino

Neste fim-de-semana (08/05) tem “Sessão Curta ao Sábado” às 17:00 no Auditório do Centro Cultural da UFMT, com entrada e pipoca grátis. A diversidade da condição feminina em diferentes olhares de mulheres cineastas compõe esta sessão, que exibirá o cultuado “A hora da Estrela”, de Suzana Amaral, baseado em obra homônima de Clarice Lispector. A sessão também exibirá o vídeo “Ensaios”, em homenagem ao radialista e estudante da UFMT, Dyolen Vieira.

Sobre os filmes

"Três minutos" de Ana Luiza Azevedo

Exibido no Festival de Cannes, o engenhoso “Três Minutos”, de Ana Luiza Azevedo, trata de decisões que podem mudar nossa vida. O filme se utiliza da expressividade dos movimentos de câmera e do cenário para construir o terreno emocional sobre o qual se encontra uma mulher que, diante do esgotamento de um sonho de vida, decide deixar o marido. “Três minutos. O tempo de passar o bastão e correr 1600 metros. De cozinhar um ovo. O tempo de tomar uma decisão que pode mudar a sua vida, antes que caia a ficha.”

"Messalina" de Cristiane Oliveira

Um telefone público insiste em tocar numa avenida de Porto Alegre. Isabel, uma jovem cega, atende o chamado. Um convite faz com que ela mergulhe numa fantasia que irá ajudá-la a quebrar os limites impostos por sua deficiência.

"A hora da estrela" de Suzana Amaral

Macabéa, uma jovem órfã, só no mundo, aos 19 anos. Analfabeta, ingênua e virgem, vem do nordeste tentar a vida em São Paulo. O filme mostra a história do encontro patético deste ser humano com as artimanhas da cidade grande. Macabéa é tão desastrada que o tempo todo ela dói por dentro. Não sabe, como os outros, que esta dor tem de ser dissimulada por baixo das máscaras sociais. Toma aspirinas para ver se passa. Veste então as máscaras, mas não lhe caem bem.

Exibição Especial: Ensaios (Dyolen Vieira e Tathyane Guerra. 5’. UFMT)

Neste sábado será exibido um vídeo adicional, em homenagem a Dyolen Vieira, que faleceu em acidente automobilístico no dia 1º de maio. Formado em Radialismo, Dyolen cursava o sexto semestre de Jornalismo, Letras e o Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea, todos na UFMT. O vídeo apresentado é “Ensaios”, uma ficção com a qual Dyolen Vieira participou da 8ª Mostra Nacional de Vídeo Universitário, no final do ano passado. Nessa obra, ele assina o roteiro e divide a direção com Tathyane Guerra, apresentando “entre o silêncio e a grandiosidade do palco”, o ensaio de três personagens para um espetáculo.

Não percam!

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Futebol é destaque na Sessão Curta ao Sábado



Futebol, a paixão nacional, sempre foi tema de constante interesse do público e dos cineastas brasileiros. Neste sábado, 24 de abril, às 17:00, no Auditório do Centro Cultural da UFMT, a Sessão Curta ao Sábado apresenta cinco curtas-metragens que abordam o assunto com leveza e humor, destacando o clássico “Perigo Negro”, dirigido por Rogério Sganzerla, o mato-grossense “Comprometendo a Atuação”, de Bruno Bini e o nomeado ao Oscar “Uma história de Futebol), de Paulo Machline. É cinema na rede e bola na tela! Entrada e pipoca grátis!

Sobre os filmes

“Os Fiéis” (Danilo Solferini , SP, 2003, 16 min) centra-se no universo dos torcedores. Três corinthianos viajam ao Rio de Janeiro em 1976 para assistir ao jogo decisivo entre Corinthians e Fluminense. Com o uso de efeitos especiais sobre fotos históricas, o filme insere os personagens no jogo real. No curta, o futebol se torna uma metáfora da vida. O filme tem uma estrutura de road movie e na viagem os três torcedores fiéis refletem sobre suas vidas.

“Izune” (Frederico Cardoso , RJ, 2004, 10 min) usa o futebol como metáfora da vida. Um garoto erra o pênalti num jogo decisivo e perde a bola. Ele fica triste e conversa com a mãe. A partir dessa situação simples, o filme constrói uma pequena fábula sobre um garoto que tem de entender que não se aprende nada da noite para o dia.

“Perigo Negro” (Rogério Sganzerla , RJ, 1992, 27 min) é um curta-metragem do consagrado cineasta Rogério Sganzerla e mostra a vida de um jogador de futebol a partir do ponto de vista de um cartola. Baseado em uma história de Oswald de Andrade, o curta constrói a crítica através de personagens cômicos em diálogo com a chanchada, tal como Sganzerla costumabs realizar em seus filmes.

“Uma história de Futebol” (Paulo Machline, SP, 1999 21 min) é uma ficção sobre as lembranças de um garoto que jogou um dia com aquele que seria, pouco tempo depois, o rei Pelé. Premiado em vários festivais, foi escolhido melhor curta no Grande Prêmio Cinema Brasil e fez parte da seleção oficial de curtas-metragens do Oscar em 2001.

Destaque regional

“Comprometendo a atuação” (Bruno Bini, MT, 2006, 17 min) apresenta a história de um talentoso jogador de futebol (personagem de Jonathan Haagensen), morador da periferia cuiabana, que divide seu tempo entre o treino da equipe, o trabalho no estoque de um supermercado e a assistência a sua linda namorada (personagem de Michelle Valle). Wallace tem a chance de ser convocado por um grande time da primeira divisão do futebol carioca. Para isso, ele precisa estar preparado, se concentrar no jogo e esquecer sua vida sexual quase “compulsiva”.

O filme mobilizou profissionais e serviços do audiovisual matogrossense e foi exibido em diversos festivais de cinema brasileiro. Entre os atores locais que participaram do filme, estão Eduardo Espíndola e Elias Bueno (mais conhecido no campo da produção audiovisual mato-grossense como Seu Elias, que, no filme, interpreta o técnico de futebol local). O diretor Bruno Bini teve seus dois curtas-metragens (o outro é “Baseado em Fatos Reais) licenciados para exibição no Catálogo Programadora Brasil, o que contribui para a repercussão e difusão de seus filmes em circuitos não-comerciais de todo o país.

Sobre a Sessão Curta ao Sábado

A “Sessão Curta ao Sábado” realiza a difusão de filmes brasileiros do acervo do Cineclube Coxiponés/UFMT e do Catálogo “Programadora Brasil” (viabilizado pela Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual - CTAV). No ano de 2009, o projeto exibiu apenas curtas-metragens. Em 2010, algumas sessões também exibem médias e longas-metragens.

O projeto é organizado pelos alunos do 5º, 6º e 7º semestres do curso de Comunicação Social - habilitação Radialismo - da Universidade Federal de Mato Grosso, sob supervisão dos professores Moacir Francisco de Sant’Ana Barros e Diego Baraldi. Os alunos contribuem criativamente no desenvolvimento de materiais gráficos e audiovisuais para as atividades programadas, além de monitorarem a produção das sessões. Todo sábado, um vídeo de abertura antecede os filmes exibidos, com o intuito de fornecer informações básicas sobre os filmes assistidos. O vídeo desta sessão é apresentado pela aluna Helena Gentile Camargo.

A “Sessão Curta ao Sábado” faz parte do Programa Unidade, desenvolvido pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), com a finalidade de dar ênfase às expressões culturais que envolvam a comunidade universitária e a sociedade cuiabana, em atividades realizadas no campus da UFMT. A Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT) é uma das parceiras do projeto. As exibições são gratuitas e acontecem no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com um ambiente climatizado. O Centro Cultural está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), bairro Boa Esperança.


Solicite a programação no e-mail curtaosabado@gmail.com

domingo, 11 de abril de 2010

Filmes que apresentam contexto da ditadura militar no Brasil são atração da Sessão Curta ao Sábado



Parabéns Vitor (Leonardo Sant'Ana)
e Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho)
são as próximas atrações da
"Sessão Curta ao Sábado".
Tema: Anos de Chumbo
Data: 17 de abril de 2010.
17:00.
Auditório do Centro Cultural da UFMT.
Entrada e Pipoca Grátis.
Não perca!

Sessão Curta ao Sábado exibe “Barra 68 - Sem Perder a Ternura” de Wladimir Carvalho



Sessão realizada em 27 de março de 2010.
17:00.
Entrada e pipoca grátis!
Tema: Universitários e Independentes (vídeos vencedores da 8ª Mostra Nacional de Audiovisual Universitário da UFMT, seguidos da exibição do longa-metragem “Barra 68-Sem perder a Ternura”, de Wladimir Carvalho).
Censura: Livre

Filmes exibidos:
Vibração (Leonardo Sant’Ana, MT, 5 min)
Stencil Chaplin (Francisco Krauss, MT, 2009, 3 min)
Maquinação (Madiano Marchetti, MT, 2009, 10 min)
Barra 68 - Sem Perder a Ternura (Vladimir Carvalho, 2001, 80 min)

Síntese: exibição de curtas e longas-metragens brasileiros do projeto Programadora Brasil e do acervo do Cineclube Coxiponés, com o objetivo de democratizar o acesso ao cinema brasileiro, apoiar a ampliação do circuito não-comercial de exibição e fomentar o pensamento crítico em torno da produção brasileira de audiovisual. Realizado pelo Cineclube Coxiponés no Auditório do Centro Cultural da UFMT.

Sobre Maquinação:
Iago é um universitário apaixonado por cinema que em determinado momento de sua vida acadêmica, começa a deslizar entre a sanidade e a loucura. Porém sua mente em ebulição pode levar simples propostas a resultados problemáticos. Vídeo realizado pelos alunos do 6º semestre de Rádio e TV da UFMT. Melhor filme da 8ª Mostra Nacional de Vídeos Universitários em Mato Grosso, pelo Júri Popular. O filme é dirigido por Madiano Marchetti.

Sobre Barra 68:
O filme apresenta a luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. Através de depoimentos são relembradas as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968, quando cerca de 500 estudantes foram detidos numa quadra de esportes no campus. Dirigido por Wladimir Carvalho.

A “Sessão Curta ao Sábado” realiza a difusão de filmes brasileiros do acervo do Cineclube Coxiponés/UFMT e do Catálogo “Programadora Brasil” (viabilizado pela Secretaria do Audiovisual (SAV), em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico-Audiovisual - CTAV). No ano de 2009, o projeto exibiu apenas curtas-metragens. Em 2010, as sessões iniciam com curtas e são precedidas por um longa-metragem.

O projeto é organizado pelos alunos do 5º, 6º e 7º semestres do curso de Comunicação Social - habilitação Radialismo - da Universidade Federal de Mato Grosso, sob supervisão dos professores Moacir Francisco de Sant’Ana Barros e Diego Baraldi. Os alunos contribuem criativamente no desenvolvimento de materiais gráficos e audiovisuais para as atividades programadas, além de monitorarem a produção das sessões. Todo sábado, um vídeo de abertura antecede os filmes exibidos, com o intuito de fornecer informações básicas sobre os filmes assistidos. O vídeo desta sessão foi apresentado pelos alunos Vinícius Nadaf e Taísa Amidem.

A “Sessão Curta ao Sábado” faz parte do Programa Unidade, desenvolvido pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), com a finalidade de dar ênfase às expressões culturais que envolvam a comunidade universitária e a sociedade cuiabana, em atividades realizadas no campus da UFMT. As exibições são gratuitas e acontecem no Auditório do Centro Cultural da UFMT, que conta com um ambiente climatizado. O Centro Cultural está localizado na Rua 1 (Avenida Alziro Zarur, s/nº, ao lado da Caixa Econômica), bairro Boa Esperança. A pipoca é grátis! Censura Livre.


Solicite a programação no e-mail curtaosabado@gmail.com
Visite o blog do projeto: www.curtaosabado.blogspot.com